As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) encerraram a segunda-feira, 30 de outubro, com leves variações, mantendo-se próximas da estabilidade. O fechamento ocorreu em meio a um cenário de valorização do dólar frente ao real e aumento nos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos, enquanto investidores aguardam a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para esta quarta-feira.
No final da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2027 foi registrada em 14,215%, uma leve queda em relação ao ajuste anterior de 14,232%. Para janeiro de 2028, a taxa foi de 13,575%, comparada ao ajuste anterior de 13,594%. Os contratos de longo prazo também apresentaram pequenas oscilações, com a taxa para janeiro de 2031 em 13,78% e para janeiro de 2033 em 13,91%.
O fortalecimento do dólar foi impulsionado por um acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia, que estabeleceu uma tarifa de 15% sobre produtos europeus, além da expectativa de que a economia americana não será severamente impactada pela guerra comercial. Apesar desse cenário, operadores de mercado relataram que a expectativa em relação à decisão do Copom sobre a taxa Selic, que atualmente está em 15%, manteve o mercado em um estado de cautela, sem grandes movimentações.
De acordo com o boletim Focus, divulgado na manhã de segunda-feira, a mediana das projeções dos economistas indica que a Selic deve permanecer em 15% até o final do ano. As expectativas de inflação para 2025 e 2026 foram levemente ajustadas, enquanto a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e 2026 se manteve estável. No exterior, o rendimento do Treasury de dez anos subiu para 4,416%, refletindo as mudanças nas expectativas econômicas globais.