As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) encerraram a quinta-feira em queda, especialmente nos vencimentos mais longos, em um dia marcado pela desvalorização do dólar em relação ao real e pelas iniciativas do governo Lula para enfrentar o aumento de tarifas anunciado pelos Estados Unidos. No final da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2027 foi registrada em 14,33%, uma redução de 4 pontos-base em relação ao ajuste anterior de 14,371%. A taxa para janeiro de 2028 caiu para 13,67%, comparada ao ajuste anterior de 13,76%.
Os contratos de longo prazo também apresentaram queda, com a taxa para janeiro de 2031 a 13,76%, ante 13,893% do ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2033 em 13,84%, uma diminuição de 14 pontos-base em relação a 13,982%. Desde o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em 9 de julho, as taxas dos DIs chegaram a subir 50 pontos-base em alguns pontos até quarta-feira, refletindo a percepção de risco dos investidores.
Em Brasília, o governo brasileiro continua a trabalhar para mitigar os impactos da tarifa, que deve entrar em vigor em 1º de agosto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a necessidade de uma força-tarefa para identificar os principais pontos de conflito nas negociações tarifárias com os EUA. Ele enfatizou que, embora o alongamento do prazo seja visto como positivo, não resolve a situação, pois os contratos continuam a ser fechados.
Além disso, uma pesquisa Genial/Quaest revelou que o presidente Lula lidera todos os cenários para as eleições presidenciais de 2026. No campo econômico, a expectativa é de manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, com 99% de probabilidade, segundo as últimas precificações do mercado. No exterior, os rendimentos dos Treasuries americanos mantiveram-se estáveis, com o rendimento do título de dez anos subindo 1 ponto-base para 4,461%.