As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) encerraram a quinta-feira, 26 de outubro, em queda, especialmente entre os vencimentos mais longos. O movimento ocorreu em um contexto de desvalorização do dólar em relação ao real e das ações do governo Lula para mitigar o impacto da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que entrará em vigor em 1º de agosto.
No fechamento do dia, a taxa do DI para janeiro de 2027 foi registrada em 14,33%, uma redução de 4 pontos-base em comparação ao ajuste anterior de 14,371%. As taxas para janeiro de 2028 e janeiro de 2031 também apresentaram queda, marcando 13,67% e 13,76%, respectivamente. Desde o anúncio da tarifa pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em 9 de julho, as taxas dos DIs haviam subido até 50 pontos-base em alguns vencimentos, refletindo a preocupação dos investidores com o aumento do risco.
Em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou a necessidade de uma força-tarefa para abordar os pontos críticos nas negociações tarifárias com os EUA, ressaltando que o alongamento do prazo para a implementação da tarifa não é suficiente para evitar perdas em negócios. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o presidente Lula deve conversar com Trump assim que houver oportunidade.
Além disso, uma pesquisa Genial/Quaest divulgada na manhã de quinta-feira mostrou que Lula lidera todos os cenários para as eleições presidenciais de 2026, mantendo-se à frente de seus adversários, embora um eventual confronto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, indique empate técnico. O mercado também sinaliza a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, com 99% de probabilidade, segundo as últimas precificações na B3.