As taxas médias de juros no Brasil permaneceram estáveis em junho de 2023, alcançando 31,5% ao ano, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (28). A leve variação negativa de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior contrasta com um aumento de 3,6 pontos percentuais em 12 meses, refletindo o impacto do ciclo de elevação da taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
O BC justifica a alta das taxas de juros como uma medida para conter a inflação, uma vez que juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança, reduzindo o consumo e, consequentemente, os preços. O próximo encontro do Copom para discutir a Selic está agendado para os dias 29 e 30 de junho.
Além disso, o spread bancário, que mede a diferença entre o custo de captação dos bancos e as taxas cobradas dos clientes, se manteve em 20,4, com um aumento de 1,8 ponto percentual em 12 meses. No segmento de crédito livre, as taxas para pessoas físicas atingiram 58,3% ao ano, enquanto para empresas, a média foi de 24,3% ao ano, com variações positivas em ambos os casos.
No crédito direcionado, que segue regras do governo, a taxa para pessoas físicas foi de 11,1% ao ano, enquanto para empresas ficou em 14,1% ao ano. As concessões de crédito totalizaram R$ 636,9 bilhões em junho, com uma queda de 3,1% em relação ao mês anterior, mas um crescimento de 13,9% em 12 meses.