As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) de curto prazo apresentaram pouca volatilidade nesta quarta-feira, enquanto os investidores se preparam para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana. No final da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2027 foi registrada em 14,23%, ligeiramente abaixo do ajuste anterior de 14,256%. Para janeiro de 2028, a taxa ficou em 13,555%, em comparação a 13,569% na sessão anterior.
As taxas de longo prazo, por outro lado, tiveram leves altas, acompanhando o movimento dos Treasuries americanos. A taxa para janeiro de 2031 subiu para 13,73%, em relação a 13,714% do ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2033 atingiu 13,84%, com um aumento de 4 pontos-base em relação a 13,8%. O aumento dos rendimentos dos Treasuries foi impulsionado por um acordo comercial entre os Estados Unidos e o Japão, que promete investimentos de US$550 bilhões em troca da redução de tarifas sobre importações de automóveis.
O acordo, anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, também trouxe otimismo aos mercados globais, com os índices de ações em alta e o dólar recuando em relação a outras moedas. Internamente, o governo brasileiro está atento às negociações com os EUA, especialmente após a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, justificada pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na ponta curta da curva de juros, a volatilidade foi reduzida, com a expectativa de que o Copom mantenha a Selic em 15% ao ano na próxima reunião. A probabilidade de manutenção da taxa foi precificada em 98%, refletindo a confiança do mercado em relação à política monetária do Banco Central. No exterior, o rendimento do Treasury de dez anos subiu 6 pontos-base, alcançando 4,392%.