As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) encerraram a sexta-feira, 28 de julho, com leves oscilações, em um dia marcado por liquidez reduzida e novos dados de inflação. A taxa do DI para janeiro de 2027 ficou em 14,23%, ligeiramente abaixo do ajuste anterior de 14,233%. Para janeiro de 2028, a taxa foi de 13,59%, em comparação ao ajuste de 13,579%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação medida pelo IPCA-15 foi de 0,33% em julho, superando as expectativas de 0,30% em pesquisa da Reuters.
O cenário global também influenciou o mercado, com a alta do dólar frente ao real e a queda dos rendimentos dos Treasuries. A expectativa de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, a serem implementadas pelos Estados Unidos a partir de 1º de agosto, gerou incertezas. Durante um evento em Osasco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a intenção de negociar com os EUA, mas sem avanços concretos até o momento.
Os investidores mantêm a expectativa de que a taxa Selic permaneça em 15% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A curva de juros precificava 97% de probabilidade de manutenção da taxa, enquanto as opções de Copom na B3 indicavam 96,06% de chances de estabilidade, com apenas 2,85% de probabilidade de um aumento de 25 pontos-base. Às 16h36, o rendimento do Treasury de dez anos, referência global, recuava para 4,384%.