As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam a quarta-feira em alta, embora distantes das máximas do dia, após os Estados Unidos anunciarem a exclusão de diversos produtos brasileiros de uma tarifa de 50%. O movimento ocorre em meio à expectativa dos investidores pela decisão sobre a taxa de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil.
No final da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 14,22%, em comparação ao ajuste anterior de 14,151%. Para janeiro de 2028, a taxa subiu para 13,52%, ante 13,457%. As taxas longas também apresentaram aumento, com a taxa para janeiro de 2031 em 13,64% e para janeiro de 2033 em 13,76%.
A volatilidade das taxas foi acentuada por um decreto assinado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que inicialmente provocou uma alta no dólar e nas taxas de DIs. No entanto, a subsequente exclusão de produtos como suco de laranja e aeronaves civis da tarifação fez com que o dólar recuasse e as taxas de DIs diminuíssem. Apesar disso, carne e café, importantes produtos da pauta exportadora brasileira, não foram incluídos na lista de exceções.
Perto do fechamento do mercado, a curva de juros indicava uma probabilidade de 97% de manutenção da Selic em 15%, enquanto a decisão do Federal Reserve de manter a taxa de juros entre 4,25% e 4,50% também influenciou o cenário. O rendimento do Treasury de dez anos subiu 4 pontos-base, atingindo 4,372%.