As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em alta na quinta-feira, 1º de agosto, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. O impacto da decisão, que se relaciona ao tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, gerou reações imediatas nos mercados financeiros, com o dólar e a bolsa também sendo afetados.
No fechamento, a taxa do DI para janeiro de 2027 subiu para 14,285%, em comparação ao ajuste anterior de 14,161%. A taxa para janeiro de 2028 também registrou alta, alcançando 13,555%, um aumento de 14 pontos-base. Os contratos de longo prazo, como o de janeiro de 2031 e janeiro de 2033, também apresentaram elevações significativas.
Apesar do aumento inicial, as taxas futuras mostraram certa acomodação ao longo do dia, refletindo uma leve queda em relação aos picos alcançados pela manhã. Gustavo Jesus, sócio da Victrix, comentou que a curva de juros reagiu de forma negativa ao anúncio de Trump, mas que a acomodação do dólar e do Ibovespa contribuiu para a estabilização das taxas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o Brasil adotará tarifas comerciais equivalentes às impostas pelos EUA, afirmando que, caso Trump cobre 50%, o Brasil fará o mesmo. Economistas expressam incertezas sobre os efeitos da medida na economia brasileira, destacando que a situação requer acompanhamento atento.