As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) com prazos curtos fecharam a terça-feira, 24 de outubro, com leves quedas, enquanto as taxas longas apresentaram alta, refletindo as tensões comerciais globais. No final da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2027 foi ajustada para 14,17%, abaixo dos 14,202% da sessão anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2028 caiu para 13,425%, uma redução de 3 pontos-base em relação ao ajuste anterior.
As taxas longas, por outro lado, mostraram um comportamento oposto. A taxa para janeiro de 2031 subiu para 13,44%, em comparação aos 13,395% do ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2033 aumentou para 13,51%, alta de 6 pontos-base. Essas movimentações ocorreram após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar novas tarifas sobre produtos importados, incluindo uma tarifa de 50% sobre o cobre e 10% sobre produtos dos países do Brics.
No entanto, a manhã de terça-feira foi marcada por uma recuperação nas taxas dos DIs, acompanhando a queda do dólar em relação ao real. Analistas destacaram que a data de início das tarifas, marcada para 1º de agosto, abre espaço para negociações que podem amenizar o impacto imediato das medidas. Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, comentou que a possibilidade de negociações até a data limite ajudou a reduzir a tensão no mercado.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também se pronunciou durante um evento em Brasília, reafirmando o compromisso do Banco Central com a meta de juros, que atualmente está em 15%. As declarações de Galípolo não trouxeram mudanças significativas nas expectativas do mercado, que se prepara para um feriado em São Paulo, prevendo menor liquidez nas operações financeiras nos próximos dias.