O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de uma taxação de 50% sobre as importações de produtos brasileiros, uma medida que pode influenciar a eleição presidencial de 2026 no Brasil. A decisão foi justificada por Trump como uma reação a ações do governo brasileiro, incluindo a defesa de censura por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) e uma suposta 'caça às bruxas' ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que busca herdar o apoio de Bolsonaro, reconheceu que a taxação terá um impacto negativo na economia paulista, mas manteve sua associação com o ex-presidente.
Na noite de quarta-feira, 9, após o anúncio, Tarcísio utilizou a rede social X para criticar o governo Lula, afirmando que a ideologia do presidente prejudicou a economia brasileira. Ele argumentou que outros países optaram por negociações em vez de confrontos, e responsabilizou o governo atual pela situação. Em resposta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), acusou Tarcísio de 'vassalagem' e afirmou que a medida de Trump representa um golpe à soberania nacional.
Tarcísio, em uma agenda na capital paulista, enfatizou a importância de deixar de lado questões ideológicas para buscar negociações com os Estados Unidos, destacando que São Paulo é o maior exportador de produtos para o país, com US$ 13,8 bilhões em 2024. O governador também se encontrou com Bolsonaro em Brasília, reforçando sua aliança com o ex-presidente. As críticas ao governador continuaram, com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, lamentando sua defesa da tarifa e ressaltando os prejuízos que isso trará para a indústria paulista.