O Brasil registrou uma significativa queda na taxa de desemprego, que alcançou 5,8% no segundo trimestre de 2025, o menor índice desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012. Os dados, divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (31), mostram que o número de brasileiros desocupados caiu para 6,3 milhões, refletindo uma recuperação no mercado de trabalho após os impactos da pandemia e instabilidades políticas e econômicas.
Além da redução no desemprego, o levantamento aponta que o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu um novo recorde, com 39 milhões de pessoas empregadas. A taxa de participação na força de trabalho subiu para 62,4%, enquanto o nível de ocupação alcançou 58,8%. O rendimento médio real habitual também apresentou crescimento, alcançando R$ 3.477, o maior valor já registrado.
A massa de rendimento real totalizou R$ 351,2 bilhões, um recorde impulsionado pela expansão da ocupação e pelo aumento dos salários. A quantidade de brasileiros desalentados, que desistiram de procurar emprego, caiu 13,7% em relação ao trimestre anterior, somando 2,8 milhões. Apesar da queda na informalidade, que se mantém em 37,8%, ainda há 38,7 milhões de brasileiros atuando fora da formalidade.
O setor público contribuiu para essa recuperação, com 12,8 milhões de empregados, um novo recorde. Setores como indústria, comércio, transportes e serviços profissionais também registraram aumento no número de ocupados. Apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta desafios relacionados à informalidade e à necessidade de um crescimento sustentável em todos os setores.