O governo dos Estados Unidos anunciou a implementação de uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros, uma medida que pode impactar negativamente a competitividade das exportações do estado de Goiás. Plínio Viana, superintendente de Comércio Exterior e Atração de Investimentos Internacionais da Secretaria de Indústria e Comércio de Goiás, classificou a decisão como um "duro golpe" para o Brasil no mercado norte-americano. Ele enfatizou que a taxação inviabiliza a exportação de diversos produtos para os Estados Unidos.
Viana, que possui pós-graduação em Planejamento e Economia da Educação pela Universidade de Bielefeld, alertou que a medida não afeta apenas o Brasil, mas também outros países do BRICS, sugerindo uma possível motivação ideológica por trás da decisão. Ele destacou que Goiás, que tem expandido suas exportações, pode ser severamente prejudicado, especialmente devido à sua dependência de insumos e mercados internacionais.
Em resposta à nova taxação, algumas vozes políticas no Brasil sugeriram retaliações comerciais. No entanto, Viana adverte que essa estratégia pode ser prejudicial, dado que o Brasil importa diversos equipamentos e insumos dos Estados Unidos. "O Brasil tem mais a perder do que a ganhar com uma medida recíproca", afirmou, ressaltando a importância de buscar alternativas comerciais e diversificação de mercados.
Para mitigar os impactos da taxa, Viana sugere que os exportadores brasileiros intensifiquem suas relações comerciais com outros países, especialmente a China, que representa uma parte significativa das exportações goianas. Ele enfatizou que a instabilidade geopolítica atual exige uma abordagem estratégica e diplomática nas decisões comerciais, uma vez que as ações do governo americano podem gerar insegurança no ambiente de negócios global.