A aplicação de tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, pode impactar severamente a economia do Brasil. Segundo bancos de investimento, a redução nas exportações poderá desacelerar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em até 1,2 ponto percentual, conforme relatórios de instituições como Goldman Sachs e JP Morgan.
As expectativas para o PIB brasileiro vinham melhorando, com projeções que subiram de 2,02% para 2,23% em 2025. No entanto, a iminente imposição das tarifas deve reverter essa tendência, afetando principalmente setores como o agronegócio e a indústria. O impacto mais significativo deve ser sentido por empresas que dependem fortemente das exportações, como a Suzano e a Embraer.
No mercado financeiro, a reação foi imediata, com o dólar à vista subindo 0,69%, cotado a R$ 5,5416, e o Ibovespa apresentando uma leve queda de 0,54%. Especialistas alertam que a volatilidade deve aumentar, pressionando a inflação e encarecendo as importações. O diretor comercial do Ouribank, Izzy Politi, destacou que as novas tarifas intensificarão a instabilidade no câmbio e terão reflexos diretos nas operações de empresas brasileiras no exterior.