O governo dos Estados Unidos anunciou tarifas adicionais que podem impactar significativamente as exportações brasileiras, especialmente no estado de São Paulo, o maior exportador para o país norte-americano. Jorge Viana, presidente da Apex Brasil, ressaltou que a nova medida, que entrará em vigor em 1º de agosto, exige uma colaboração estreita entre o governo estadual e o federal para mitigar os efeitos adversos.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, informou que já iniciou conversas com a embaixada dos EUA, mas não demonstrou disposição para uma parceria com o governo federal. Viana, após reunião com o presidente Lula, destacou a importância de um esforço conjunto e sugeriu que a imposição de tarifas sobre produtos norte-americanos deve ser considerada apenas como último recurso. Lula, segundo Viana, está aberto ao diálogo para reverter a situação.
Entidades como a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a Associação Brasileira da Indústria de Café também expressaram suas preocupações. A CNC classificou as tarifas como injustificadas, citando um superávit de 51 bilhões de dólares favorável aos EUA nos últimos dez anos. Ambas as organizações defendem o diálogo como solução para evitar impactos negativos nas relações comerciais e na cadeia produtiva do café brasileiro.