O Instituto Aço Brasil participou de uma audiência na Câmara dos Deputados para discutir as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos, que podem inviabilizar as exportações brasileiras de aço. Marco Polo Lopes, presidente do Instituto, alertou sobre os desafios que o setor enfrentará com a nova tarifa de 50%, a ser implementada em 1º de agosto de 2025, após um período de isenção parcial desde a introdução das tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio em março de 2018.
O Brasil, que em 2024 exportou 2,3 bilhões de dólares em aço e importou 1,4 bilhão, poderá sofrer um impacto significativo com a nova medida, que representa uma duplicação das tarifas anteriores. O governo federal ressaltou que o país mantém um superávit comercial com os EUA, mas a elevação das tarifas pode comprometer o comércio de aço e alumínio no mercado americano, conforme apontam especialistas.
Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) indicam que as tarifas anteriores já causaram prejuízos ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Com a nova tarifa, estima-se que o setor possa enfrentar uma perda de até 1,5 bilhão de dólares em exportações, o que acende um alerta sobre a saúde econômica do setor siderúrgico nacional.