As novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem ter impactos significativos na economia de ambos os países, afetando inflação, juros, empresas e empregos. A decisão, anunciada em uma carta crítica à relação comercial com o Brasil, foi considerada por especialistas como uma retaliação política sem justificativa econômica. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o superávit dos EUA em relação ao Brasil, que ultrapassa US$ 400 bilhões nos últimos 15 anos, contradiz a alegação de Trump sobre um comércio injusto.
Nos primeiros seis meses de 2025, o Brasil exportou US$ 20 bilhões em produtos, enquanto as importações totalizaram quase US$ 21,7 bilhões, resultando em um déficit de US$ 1,6 bilhão. Especialistas, como o professor Leonardo Trevisan, apontam que o Brasil está exportando produtos em estado bruto, enquanto os EUA os transformam em mercadorias, gerando empregos e renda para os americanos.
O economista Marcos Lisboa alerta que a imposição de tarifas pode ser prejudicial para a economia brasileira e sugere que o país busque novos mercados, especialmente na Europa e na Ásia. A situação atual requer cautela nas negociações internacionais, uma vez que a retaliação com tarifas de importação pode agravar a crise econômica no Brasil.