A política brasileira enfrenta um momento crítico em julho, após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. A carta, divulgada no dia 9 de julho, causou espanto entre políticos e empresários, especialmente por sua menção ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu à ameaça, afirmando que o Brasil não aceitará ser tutelado e que as instituições do país são independentes. Lula também destacou que o Brasil apresenta um déficit comercial com os EUA desde 2009, contradizendo a justificativa de Trump. A situação gerou uma série de impactos imediatos na economia, com paralisações em setores como a produção de carne e a indústria de móveis.
O vice-presidente Geraldo Alckmin foi designado para negociar com empresários e buscar um adiamento da tarifa. Em reunião, empresários expressaram preocupações e Alckmin se mostrou otimista em resolver a questão até o final de julho. A reação política foi mista, com críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por sua postura inicial, enquanto Jair Bolsonaro, embora não se alegrou com a tarifa, sugeriu que a anistia poderia trazer estabilidade econômica.
A pesquisa Quaest indicou que a situação pode ter um efeito positivo na avaliação de Lula, com analistas sugerindo que a chantagem de Trump pode prejudicar Bolsonaro e beneficiar o atual governo. O cenário continua em evolução, com a expectativa de novas negociações entre os dois países.