A política brasileira vive um momento tenso após a ameaça de tarifas de 50% sobre produtos nacionais, anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em carta divulgada no dia 9 de julho. A medida, que entrará em vigor em 1º de agosto, foi recebida com espanto por autoridades brasileiras, que a consideraram uma chantagem e uma afronta à soberania do país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não aceitará ser tutelado e que responderá conforme a legislação nacional.
A carta de Trump menciona o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) e critica a situação política brasileira. A reação do governo foi imediata, com o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, destacando que a tarifa se baseia em uma compreensão equivocada dos fatos. A situação já impactou a economia, com paralisações na produção de carne e problemas logísticos em portos, afetando setores como o de mel e rochas naturais.
Em resposta à crise, o vice-presidente Geraldo Alckmin foi designado para negociar com empresários e buscar um adiamento da tarifa. Durante uma reunião, empresários expressaram a urgência de uma solução, e Alckmin se mostrou otimista em resolver a questão até o final do mês. Entretanto, a situação gerou divisões políticas, com críticas a Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, por sua postura inicial e reações variadas entre os parlamentares, refletindo a polarização política no país.