O governo brasileiro enfrenta um novo desafio com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de manter tarifas elevadas sobre produtos brasileiros. Diplomatas do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) afirmam que a medida, que inicialmente previa uma tarifa de 50% sobre diversos produtos, foi adiada para o dia 6 de agosto, mas ainda assim representa uma ameaça significativa à economia nacional.
Recentemente, os Estados Unidos anunciaram cerca de 700 exceções, que incluem produtos como derivados de laranja e aço, correspondendo a aproximadamente 40% do valor exportado pelo Brasil. No entanto, produtos como carne e café permanecem sujeitos à tarifa de 50%, o que preocupa representantes do setor, que alertam para a inviabilidade das vendas ao mercado americano caso a situação não mude.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua insatisfação com a decisão americana, classificando-a como "injustificável" e reafirmando a posição do Brasil em buscar uma relação comercial justa e equilibrada. Lula destacou que o país não abrirá mão de seus direitos e instrumentos de defesa comercial, enfatizando a importância do multilateralismo nas relações internacionais.