As tarifas sobre produtos importados para os Estados Unidos passaram por mudanças significativas desde o retorno de Donald Trump à presidência. Desde abril, todos os produtos enfrentam uma sobretaxa mínima de 10%, com aumentos previstos para os principais parceiros comerciais a partir de 1º de agosto. Trump anunciou tarifas que podem chegar a 50% para mais de 80 países, mas suspendeu a implementação para negociar acordos comerciais, resultando em apenas seis acordos firmados até o momento, incluindo países como Reino Unido e Japão.
O Brasil, que inicialmente não estava entre os alvos, agora enfrenta uma tarifa de 50%, uma medida que Trump justifica como retaliação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta acusações de tentativa de golpe. Já o Canadá e o México, vizinhos dos EUA, estão sujeitos a tarifas de 25% em produtos não cobertos pelo T-MEC, com ameaças de aumentos adicionais por parte de Trump devido à insatisfação nas negociações comerciais.
A China continua sendo um foco de tensão, com tarifas que variam de 10% a 145% em produtos de ambos os países. As negociações entre as duas potências se intensificaram, com encontros programados em Estocolmo para os dias 28 e 29 de agosto. Além disso, Trump impôs tarifas específicas para proteger setores da indústria americana, como automóveis e metais, invocando a segurança nacional como justificativa.
Diversas tarifas estão sendo contestadas judicialmente, com decisões de tribunais questionando a autoridade de Trump para impor tais sobretaxas. O cenário tarifário continua a evoluir, refletindo as complexas relações comerciais dos Estados Unidos com o resto do mundo.