A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) alertou que o Produto Interno Bruto (PIB) do estado pode ser o segundo mais afetado do Brasil pelo tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida, que impõe uma sobretaxa de 50% sobre as importações brasileiras, deve entrar em vigor na próxima sexta-feira, 1º de setembro.
Durante uma reunião do Comitê de Crise sobre o Tarifaço, realizada na última segunda-feira, 28, a Fiesc apresentou uma estimativa de que a aplicação das tarifas resultará em uma queda de 0,31% no PIB catarinense até 2025. A região do Planalto Norte, conhecida pela forte produção madeireira, será a mais impactada, uma vez que 42,5% de suas exportações têm como destino os Estados Unidos.
Em resposta ao anúncio das tarifas, empresas do setor já começaram a implementar medidas preventivas, como férias coletivas para os trabalhadores. O governo federal, por sua vez, está buscando negociar com as autoridades norte-americanas, priorizando a separação entre questões políticas e econômicas para focar na pauta comercial.
A reunião online do Comitê de Crise contou com a participação de cerca de 300 representantes de empresas, sindicatos e autoridades estaduais. Durante o encontro, foi lançada uma pesquisa para avaliar os impactos das tarifas sobre o setor industrial, visando elaborar propostas que possam mitigar os efeitos negativos e serem enviadas aos governos estadual e federal.