No dia 9 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, desencadeando uma série de operações financeiras suspeitas no mercado de câmbio. Antes mesmo do anúncio oficial, que ocorreu às 16h17, cerca de US$ 3 a US$ 4 bilhões foram movimentados em contratos cambiais, resultando em lucros de até 50% para alguns agentes financeiros que compraram dólares horas antes. A Advocacia-Geral da União (AGU) já acionou a Polícia Federal e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para investigar possíveis crimes financeiros relacionados a esse evento.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de um inquérito que se soma a uma investigação anterior sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro junto a parlamentares republicanos nos EUA, levantando suspeitas de um esquema de tráfico de influência e uso de informações privilegiadas. A medida de Trump, que ele justificou como uma resposta a tarifas brasileiras mais altas, foi amplamente criticada, sendo considerada uma interferência direta na soberania econômica do Brasil e uma tentativa de influenciar a política interna do país.
A reação ao tarifaço foi imediata, com exportadores de diversos setores enfrentando incertezas e ameaças a contratos. O impacto se estendeu a investimentos congelados e possíveis demissões, especialmente no agronegócio. Além disso, o episódio reavivou discussões sobre a integridade do mercado financeiro, que, segundo críticos, se transformou em um espaço de especulação para poucos com acesso a informações privilegiadas, colocando em xeque a democracia e a estabilidade econômica do Brasil.