O setor de comércio de peças e acessórios para veículos automotores do Brasil avalia que as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos terão um efeito mais significativo sobre as montadoras americanas do que sobre as operações locais. Em entrevista, Ranieri Leitão, presidente do Sindicato Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos (Sincopeças Brasil), afirmou que o processo de montagem de carros no Brasil deve permanecer inalterado.
Leitão destacou que, embora o setor nacional opere predominantemente no mercado interno, a taxação excessiva pode ser prejudicial para os negócios em geral. "Não enxergamos qualquer alteração no processo de montagem dos veículos dentro do Brasil", afirmou.
O Sindipeças, que representa os fabricantes de autopeças, também comentou sobre a situação, ressaltando que ainda é necessário aguardar a publicação da legislação americana para entender o alcance das novas tarifas. A balança comercial de autopeças entre Brasil e Estados Unidos é deficitária para o Brasil desde 2009, com exportações de US$ 2,2 bilhões e importações de US$ 1,3 bilhão em 2024.