A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrará em vigor no dia 6 de agosto e deve impactar o PIB do Brasil em apenas 0,2 ponto percentual ao longo de 12 meses, segundo projeção da gestora Kinea. A economista Daniela Lima explicou que as exportações para os EUA representam apenas 2% do PIB brasileiro e que diversas exceções à tarifa, como o óleo combustível, mitigam o efeito negativo da medida.
Lima também destacou que a decisão de Trump foi surpreendente ao incluir várias isenções, o que diminui o potencial de retaliação brasileira e evita uma escalada comercial. A economista prevê estabilidade no câmbio, afirmando que o mercado reagiu positivamente às notícias e não se espera uma depreciação significativa do real.
Em relação à inflação, alguns setores podem apresentar um efeito desinflacionário no curto prazo, já que produtores que não conseguem exportar, como o setor de carnes, podem direcionar sua oferta para o mercado interno. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que esta semana marca o início de um diálogo mais racional com os EUA, com o Departamento do Tesouro americano já buscando novas conversas para acordos que beneficiem o Brasil.