Na última sexta-feira (11), o mercado financeiro brasileiro reagiu com cautela à possibilidade de uma nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, proposta pelos Estados Unidos e com previsão de início em 1º de agosto. Especialistas alertam que essa medida pode resultar em uma diminuição das exportações do Brasil, impactando negativamente a entrada de dólares no país. Apesar de uma situação confortável nas contas externas, o dólar apresentou leve alta de 0,12%, fechando a R$ 5,5481, acumulando um aumento de 2,28% na semana.
O Ibovespa, por sua vez, registrou sua quinta queda consecutiva, encerrando o dia com uma desvalorização de 0,41%, totalizando 136.187,31 pontos. Economistas, como Matheus Spiess, da Empiricus Research, destacam que, embora o impacto da tarifa seja limitado devido ao fechamento da economia brasileira, a medida pode afetar o mercado de câmbio, pressionando a inflação e os juros.
Na próxima semana, a atenção dos analistas estará voltada para as reações do mercado e das autoridades da América Latina às novas políticas comerciais dos EUA, especialmente em relação ao Brasil. O presidente americano, Donald Trump, indicou que um diálogo com o presidente Lula não ocorrerá em breve, o que aumenta a incerteza sobre as negociações futuras. Além do Brasil, o Canadá também enfrenta reajustes tarifários, com uma nova taxa de 35% anunciada por Trump, que pode se estender a outros países, incluindo membros da União Europeia.