O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de uma tarifa adicional de 50% sobre a importação de produtos brasileiros, que entrará em vigor em 1º de agosto. Essa medida deve impactar principalmente a economia do Pará, com efeitos mais significativos nas exportações de carne e minérios, especialmente o minério de ferro, conforme análise do economista Mário Tito Almeida.
Os municípios de Marabá e Barcarena, grandes polos produtores, são os mais vulneráveis a essa nova taxação. Almeida destaca que, embora a medida não deva ter um impacto global significativo na economia brasileira, a competitividade do minério de ferro paraense no mercado norte-americano pode ser comprometida, resultando em possíveis cortes na produção e aumento do desemprego no setor.
A Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) expressou preocupação com a decisão, ressaltando a importância das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. A entidade alerta que a tarifa pode gerar incertezas econômicas, especialmente em estados que dependem fortemente das exportações. Por outro lado, Almeida sugere que o Brasil pode buscar novos mercados, como a China, embora a transição não seja simples devido a questões logísticas.
Em 2023, o Pará exportou US$ 22,258 bilhões, com o setor mineral representando 84% desse total, sendo a China o principal destino do minério de ferro. A situação atual levanta a possibilidade de que o Brasil estreite laços comerciais com outros países, caso a tarifa se confirme, alterando o cenário das exportações paraenses.