A partir de 1º de agosto, os produtos brasileiros enfrentarão uma tarifa de 50% para entrar nos Estados Unidos, conforme anunciado pelo governo americano. José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), afirma que essa medida inviabiliza o comércio de manufaturas entre os dois países e pode levar as empresas brasileiras a suspenderem suas vendas ao mercado americano até que haja uma definição sobre as tarifas.
Castro expressou perplexidade diante do anúncio, que contraria expectativas de uma elevação mais moderada, limitada a 20%. Ele observa que, ao invés de manter a tarifa no piso de 10%, como sugerido anteriormente pelo presidente Donald Trump, o Brasil agora se depara com a taxa mais alta, o que pode prejudicar sua imagem perante outros parceiros comerciais.
A AEB alerta que a nova tarifa não apenas impacta diretamente os embarques para os EUA, mas também transmite uma mensagem negativa sobre a competitividade do Brasil no comércio internacional. Castro destaca que os produtos manufaturados, que já enfrentam dificuldades para competir no mercado americano, se tornam praticamente inviáveis com a nova taxa. Ele sugere que a busca por novos mercados é uma estratégia necessária, mas ressalta que os altos custos de produção no Brasil complicam essa transição.