A recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, em resposta à "perseguição" ao ex-presidente Jair Bolsonaro, tem gerado forte reação nas redes sociais. Um levantamento do analista Pedro Barciela revelou que 78% das menções à crise expressam repúdio à taxação e à atuação da família Bolsonaro, especialmente do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro.
A análise, que considerou mais de 35 mil comentários em perfis de portais de notícias, mostra que apenas 12% dos comentários manifestam apoio à decisão de Trump. Os dados indicam que 29% dos comentários abordam a soberania nacional e o direito do Brasil de retaliar a medida, enquanto 24% atribuem a responsabilidade pela taxação aos aliados de Bolsonaro, acusando-os de "antipatriotismo".
Além disso, 21% dos comentários incluem ataques pessoais a Trump, com termos como "patriotários" e "vira-latas" sendo utilizados para criticar a postura da direita brasileira em relação à tarifa. A situação levanta preocupações sobre os riscos econômicos das sanções e a força do governo de Luiz Inácio Lula da Silva no episódio, com 10% das menções reconhecendo essa dinâmica.
Enquanto políticos de direita tentam justificar a decisão de Trump, atribuindo a culpa ao ministro Alexandre de Moraes e ao governo Lula, governistas acusam os bolsonaristas de incoerência ao defenderem sanções econômicas contra o próprio país. A crise evidencia a fragilidade da estratégia bolsonarista em mobilizar apoio popular diante das sanções impostas pelos Estados Unidos.