A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) manifestou, nesta quarta-feira (9), sua preocupação com a nova tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros, que entrará em vigor em 1º de agosto. A FPA alerta que essa medida pode impactar diretamente o câmbio, encarecendo insumos importados e comprometendo a competitividade das exportações do agronegócio nacional.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também se posicionou, afirmando que a prioridade do governo brasileiro deve ser a preservação das relações comerciais históricas com os EUA. O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou que não há justificativa econômica para tal aumento de tarifas e que a quebra na relação comercial pode trazer sérios prejuízos à economia brasileira.
A FPA enfatizou a necessidade de uma resposta firme e estratégica do governo, defendendo uma diplomacia cautelosa e ativa nas negociações. A entidade teme que a nova alíquota represente um retrocesso nas conquistas comerciais recentes e ressaltou a importância de evitar o isolamento do Brasil nas tratativas internacionais.
Além disso, a CNI revelou que um terço das empresas que exportam para os EUA já relataram impactos negativos em seus negócios devido à tarifa. Trump justificou a medida alegando injustiças na relação comercial e citou questões políticas internas do Brasil, sem apresentar evidências concretas para suas alegações.