O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira (9) uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, gerando preocupações no mercado financeiro. A XP Investimentos destacou que a Embraer (EMBR3) é a empresa com maior potencial de impacto, caso tenha que arcar integralmente com a tarifa sem repassar o custo ao consumidor.
Além da Embraer, outras companhias brasileiras também podem ser afetadas, embora em menor escala. Entre elas estão Suzano (SUZB3), WEG (WEGE3), CBA (CBAV3), Alpargatas (ALPA4), Minerva (BEEF3) e Jalles Machado (JALL3), que têm uma porcentagem significativa de suas receitas provenientes de exportações para os EUA.
A XP ainda aponta que, no setor de Óleo e Gás, apesar da relevância das exportações para os EUA, existe a possibilidade de redirecionamento para outros mercados. A análise sugere que empresas como a Braskem podem se beneficiar de um aumento nos preços e na participação de mercado nas resinas plásticas no Brasil, caso haja retaliações comerciais.
A lista das empresas mais expostas à nova tarifa de Trump inclui setores variados, com a Embraer liderando com 23,8% de sua receita oriunda de exportações para os EUA, seguida por Suzano com 16,6% e Tupy (TUPY3) com 13,9%. O impacto total da medida ainda está sendo avaliado por analistas do mercado.