A votação do Processo de Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT) em Minas Gerais foi suspensa neste domingo (6) devido a uma decisão judicial que garantiu a candidatura da deputada federal Dandara Tonantzin à presidência do diretório estadual. A medida ocorre após Dandara ter sido inicialmente impedida de concorrer por uma suposta dívida partidária de R$ 130 mil, a qual ela afirma ter regularizado dentro do prazo.
O Diretório Nacional do PT manteve a suspensão da votação até que a 17ª Vara Cível de Brasília determinasse, por liminar, a inclusão de Dandara na disputa. O partido justificou o adiamento da eleição em Minas Gerais pela impossibilidade de incluir o nome da candidata nas cédulas já impressas e distribuídas em mais de 700 municípios, além do risco de insegurança política entre os filiados.
Essa suspensão impacta diretamente a contagem geral dos votos e a proclamação do novo presidente nacional do PT, uma vez que Minas Gerais é um dos maiores colégios eleitorais da legenda. A expectativa é que o resultado da eleição nacional seja adiado em pelo menos uma semana, e uma nova data para a votação mineira ainda não foi definida.
Enquanto isso, nos demais estados, o processo eleitoral do PT segue normalmente, com os filiados votando neste domingo e a apuração ocorrendo conforme o calendário previsto. A decisão gerou reações entre as lideranças petistas, com aliados de Dandara criticando a judicialização do processo e o Diretório Nacional convocando uma reunião extraordinária para discutir os desdobramentos da situação.