A Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de São Bernardo do Campo prendeu, nesta terça-feira (22), Edson Aparecido Campolongo, suspeito de participar de 16 ataques a ônibus em um único dia na capital paulista e em municípios vizinhos. Campolongo, que é servidor público há mais de 30 anos, confessou os crimes durante depoimento e foi identificado como responsável por ações semelhantes na Avenida Jorge João Saad, onde uma criança de 10 anos ficou ferida por estilhaços de vidro.
Com o suspeito, a polícia apreendeu um estilingue e esferas de metal, utilizados nos ataques. A prisão de Campolongo foi solicitada e está em análise, enquanto a defesa do suspeito não foi localizada. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comentou sobre a prisão, destacando a gravidade dos atos e a intenção de tomar medidas cabíveis contra o servidor do Estado.
As investigações indicam que os ataques foram planejados e que Campolongo recrutava outras pessoas para participar das ações. Seu irmão, Sérgio Aparecido Campolongo, também está sendo procurado pela polícia. Em depoimento, Edson afirmou que os ataques tinham como motivação um desejo de "consertar o Brasil", embora não haja evidências de vínculos com grupos políticos ou criminosos.
Desde 12 de junho, 530 veículos do sistema de transporte municipal foram depredados em São Paulo, com um aumento recente nos ataques. Até o momento, 22 pessoas foram detidas, incluindo 14 adultos e 7 adolescentes, mas a polícia ainda investiga a motivação por trás desses atos de vandalismo, que têm ocorrido de forma aleatória em diversas regiões da cidade.