A reeleição do deputado estadual Sinésio Campos à presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) do Amazonas, ocorrida no dia 6 de julho, gerou polêmica e acusações de fraude. Campos obteve 100% dos votos em cinco cidades, o que levantou suspeitas sobre a legitimidade do processo eleitoral. A oposição interna do partido apresentou recursos apontando irregularidades, que foram rejeitados pelo diretório estadual, sob controle de Campos.
No total, Campos conquistou 60,7% dos votos em todo o Amazonas, mas as cidades de Guajará, Juruá, Maraã, Pauini e Tapauá se destacaram pela totalidade de votos a seu favor, com menos de 200 eleitores participando e sem registros de votos brancos ou nulos. Em outras localidades, como São Gabriel da Cachoeira e Manicoré, Campos também obteve resultados expressivos, com 99% dos votos, embora tenham sido registrados votos nulos e brancos.
A oposição argumenta que a concentração de votos é atípica e apresentou evidências de possíveis fraudes, incluindo caligrafias semelhantes em assinaturas de eleitores e registros de pessoas falecidas que teriam votado. A coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, tentou contatar Campos e a secretária nacional de organização do PR, Anne Moura, mas não obteve resposta sobre as alegações de irregularidades.