A partir de agosto, pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão ser atendidos pela rede privada de saúde em todo o Brasil, por meio do programa "Agora Tem Especialistas", lançado pelo Ministério da Saúde. A iniciativa visa reduzir as longas filas de espera por consultas, exames e cirurgias em várias especialidades, permitindo que operadoras de planos de saúde quitem suas dívidas com a União ao prestarem serviços aos usuários do SUS.
O programa tem como foco especialidades com alta demanda e escassez de profissionais na rede pública, como ginecologia, oftalmologia e ortopedia. Espera-se que as operadoras maiores realizem cerca de 100 mil atendimentos mensais, enquanto as menores ficarão responsáveis por aproximadamente 50 mil. A medida pretende acelerar o acesso dos pacientes aos tratamentos necessários, aliviando a pressão sobre o sistema público.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que a estratégia busca direcionar os pacientes do SUS para onde os especialistas estão concentrados, uma vez que apenas 10% dos médicos especialistas atuam na rede pública. O programa inicialmente converterá R$ 750 milhões em dívidas em serviços de saúde, permitindo que os municípios indiquem suas maiores deficiências em especialidades para otimizar o atendimento e reduzir o tempo de espera, que pode chegar a anos em alguns casos.