Um surto de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) está sendo investigado em São Francisco, no Norte de Minas Gerais, após o adoecimento de pelo menos 20 pessoas e a confirmação de duas mortes. A situação foi classificada como Evento de Importância para a Saúde Pública (EISP) pelas autoridades de saúde municipais, estaduais e federais. Os casos surgiram após três eventos sociais realizados no final de junho, sendo dois na zona rural e um na área urbana.
As vítimas incluem uma família com três integrantes, onde dois pacientes faleceram poucas horas após o início dos sintomas, enquanto um terceiro já recebeu alta após internação. Os sintomas relatados por outros pacientes incluem febre, tosse, dores no corpo, dificuldade para respirar e, em alguns casos, sangramentos. As investigações estão em andamento para determinar a causa exata das mortes.
Testes laboratoriais preliminares descartaram doenças como hantavirose e leptospirose, mas identificaram infecções por vírus respiratórios comuns em alguns pacientes. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, destacou que a baixa cobertura vacinal contra a gripe na região pode ter contribuído para a gravidade dos casos, especialmente entre idosos e imunossuprimidos.
Uma força-tarefa envolvendo o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais está em ação para coletar amostras e realizar análises laboratoriais. Enquanto isso, a prefeitura de São Francisco implementou medidas preventivas, como o uso obrigatório de máscaras e a triagem médica em eventos, além de uma campanha de vacinação para aumentar a imunização da população contra doenças respiratórias.
