O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou na quinta-feira, 24, que um pedido de investigação contra o deputado Filipe Barros (PL-PR) seja anexado aos autos do inquérito que investiga o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). As acusações contra Eduardo incluem crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação sobre organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A decisão de Moraes não implica automaticamente na investigação de Filipe Barros, mas indica que a denúncia será analisada no contexto de um inquérito que já trata de questões semelhantes. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, deverá se manifestar sobre a solicitação antes que o nome do parlamentar seja oficialmente incluído no inquérito.
A notícia-crime foi apresentada ao STF pelo advogado Benedito Silva Junior, que acusa Filipe Barros de suposto crime contra a soberania nacional, com base em uma viagem que o deputado fez aos Estados Unidos em maio. Durante essa viagem, segundo informações do portal Metrópoles, Barros teria se reunido com Eduardo Bolsonaro e um congressista americano para discutir possíveis sanções ao ministro Moraes.
O advogado argumenta que o deputado estaria envolvido em "articulações para comprometer a independência do Judiciário" e submeter decisões judiciais brasileiras à influência de um governo estrangeiro.