O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, anulou todos os atos da Operação Lava Jato relacionados ao doleiro Alberto Youssef, que havia firmado um acordo de delação premiada em 2014, após sua prisão. A decisão foi proferida na última terça-feira e alega que Youssef foi vítima de um conluio entre o então juiz Sergio Moro, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, com o intuito de forçá-lo a colaborar com investigações que visavam figuras políticas, especialmente do Partido dos Trabalhadores.
Com a anulação, as penas impostas a Youssef serão extintas, permitindo que ele continue em regime aberto diferenciado, que exige seu recolhimento domiciliar apenas nos finais de semana. A defesa do doleiro alega que ele sofreu chantagens e humilhações durante o processo, afirmando que a justiça está sendo finalmente feita.
Por outro lado, o senador Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato, criticou a decisão, afirmando que a anulação reforça a impunidade no país e pode abrir caminho para novos escândalos. A decisão de Toffoli gera repercussões significativas no cenário político e jurídico brasileiro, levantando debates sobre a eficácia e a legitimidade das ações da Operação Lava Jato.