Na última quinta-feira (10), um juiz federal dos Estados Unidos bloqueou a ordem executiva do presidente Donald Trump, que visava proibir a cidadania por direito de nascimento para filhos de turistas nascidos no país. A decisão foi proferida pelo juiz distrital Joseph Laplante, de Concord, New Hampshire, após um pedido de defensores dos direitos dos imigrantes que buscavam status de ação coletiva para proteger as crianças afetadas pela política proposta.
A sentença ocorre em meio a uma recente decisão da Suprema Corte dos EUA, que determinou que juízes de primeira instância não têm autoridade para decidir sobre questões nacionais ou conceder liminares com validade em todo o país. Apesar disso, Laplante emitiu uma nova ordem judicial que impede a implementação da política de Trump, embora tenha suspendido a decisão temporariamente para permitir que o governo recorra.
A ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis) e outras organizações apresentaram a ação judicial logo após a Suprema Corte anunciar que a ordem executiva de Trump entraria em vigor em 27 de julho. A decisão da Corte, que possui uma maioria conservadora, não esclareceu o futuro das restrições à cidadania por nascimento, mas deixou em aberto a possibilidade de que essas mudanças permaneçam bloqueadas em todo o país.
Trump comemorou a decisão em sua rede social, chamando-a de "grande vitória" e criticando a cidadania por nascimento, um direito consagrado pela 14ª Emenda da Constituição. Este direito garante que qualquer pessoa nascida nos Estados Unidos se torne automaticamente um cidadão americano, incluindo filhos de imigrantes em situação irregular.