A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou a deportação de imigrantes para Eswatini, a única monarquia absoluta da África, como parte da política de deportação em massa do governo Trump. A decisão, que ocorre após deportações semelhantes para El Salvador e Sudão, envolve cinco indivíduos considerados perigosos, nascidos em Cuba, Jamaica, Laos, Iémen e Vietnã, que foram enviados diretamente para prisões no país africano.
Os deportados foram descritos pela porta-voz do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Tricia McLaughlin, como "monstros depravados", condenados por crimes graves, como assassinato e estupro. A prática de deportar prisioneiros para países sem vínculos diretos com eles tem gerado críticas de grupos de direitos humanos, que alertam sobre as condições de segurança e direitos civis em Eswatini, onde práticas como tortura e execuções extrajudiciais são comuns.
A decisão da Suprema Corte, tomada em junho, permite que imigrantes sejam deportados para outros países sem aviso prévio, respaldando a política do governo americano. Recentemente, oito imigrantes foram enviados ao Sudão do Sul, provocando uma batalha judicial que culminou na confirmação da legalidade dessas deportações. O governo de Eswatini, que não divulgou detalhes sobre contrapartidas recebidas dos EUA, tem sido criticado por sua repressão política e violações de direitos humanos, conforme relatórios de organizações internacionais como a Anistia Internacional.