A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta terça-feira (8) que o presidente Donald Trump pode prosseguir com seu plano de demissões em massa no governo federal, revogando uma decisão anterior do Tribunal de Apelações do 9º Circuito, em São Francisco, que havia bloqueado essa ação. A corte, composta em sua maioria por juízes conservadores, permitiu que o governo retomasse cortes significativos de postos de trabalho em diversas agências públicas.
O decreto executivo de Trump, anunciado em fevereiro, visa uma reforma abrangente da burocracia federal, com o objetivo de reduzir a força de trabalho e eliminar programas considerados desnecessários. As demissões planejadas afetariam departamentos como Agricultura, Comércio, Saúde e Serviços Humanos, entre outros. A juíza Illston, que havia bloqueado o plano, argumentou que o presidente ultrapassou sua autoridade ao ordenar essas reduções sem a autorização do Congresso.
A decisão da Suprema Corte representa um passo importante para o governo Trump, que busca implementar uma reestruturação significativa das operações federais. O Departamento de Justiça, que havia solicitado a suspensão da ordem de Illston, defendeu que o controle sobre o pessoal das agências é uma prerrogativa essencial do poder executivo, conforme estabelecido na Constituição. A corte agora permite que o governo avance com suas iniciativas de demissão, enquanto a batalha legal continua em outras frentes.