A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, na terça-feira, 24 de outubro, permitir que o presidente Donald Trump avance com sua proposta de redução significativa do tamanho do governo federal. A decisão suspendeu uma ordem judicial anterior que impedia 19 departamentos e agências federais de realizar cortes em suas equipes, o que, segundo críticos, pode resultar na demissão de centenas de milhares de trabalhadores.
O tribunal, em uma ordem não assinada, indicou que a administração Trump provavelmente terá sucesso em argumentar que a ordem executiva de 11 de fevereiro e um memorando do Escritório de Gestão e Orçamento são legais. No entanto, os juízes não se pronunciaram sobre a validade jurídica dos planos específicos das agências para implementar as reduções. A juíza Ketanji Brown Jackson expressou sua discordância, afirmando que a decisão do tribunal não considerou adequadamente os riscos à democracia e aos serviços públicos.
A coalizão de sindicatos e organizações que contestaram a medida criticou a decisão, afirmando que ela compromete a democracia e os serviços essenciais à população americana. Em resposta, a procuradora-geral Pam Bondi elogiou a decisão da Suprema Corte, afirmando que ela fortalece a autoridade do presidente sobre o pessoal federal. Esta é a segunda vez que a Suprema Corte apoia a administração Trump em questões relacionadas a demissões em massa, destacando um marco na tentativa do presidente de reestruturar a força de trabalho federal.