A revista Forbes destaca um fenômeno crescente entre profissionais e indivíduos: o superfuncionamento. Esse comportamento, caracterizado pela assunção excessiva de responsabilidades, pode surgir em diversas áreas da vida, como no trabalho e em relacionamentos pessoais. Muitas vezes, o superfuncionamento é impulsionado por sentimentos de ansiedade e a necessidade de validação, levando a um estado de esgotamento emocional.
Um estudo publicado na Contemporary Family Therapy revela que pessoas com baixa diferenciação do self tendem a absorver as emoções dos outros e a se sentir excessivamente responsáveis pelo bem-estar alheio. Essa dinâmica pode resultar em dificuldades para estabelecer limites emocionais, contribuindo para o aumento da ansiedade e do estresse. Os pesquisadores observaram que estudantes universitários com essas características apresentaram sintomas físicos como dor de cabeça e fadiga.
Além disso, a dificuldade em descansar sem sentir culpa é um indicativo comum de superfuncionamento. Indivíduos que se sentem obrigados a estar sempre produtivos podem experimentar um ciclo vicioso de pressão interna, levando à insônia e ao medo de não atender às expectativas. Um estudo de 2018 relacionou o perfeccionismo à insônia, sugerindo que a necessidade de ser perfeito pode prejudicar o sono e a saúde mental.
Por fim, especialistas recomendam que as pessoas reflitam sobre suas motivações ao ajudar os outros e busquem equilibrar o cuidado com o autocuidado, evitando que o desejo de ser útil se transforme em um fardo emocional.