Nesta quarta-feira, 30, a Super Quarta traz decisões cruciais de política monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro e o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve devem manter as taxas de juros inalteradas, com a Selic em 15% e a taxa básica americana entre 4,25% e 4,50% ao ano. Investidores aguardam ansiosamente o tom das comunicações dos dois comitês, que pode influenciar o mercado financeiro.
Analistas de instituições como XP Investimentos, Bradesco e JPMorgan divergem sobre o início do ciclo de cortes da Selic, com alguns prevendo reduções apenas em 2026, enquanto outros acreditam que cortes podem ocorrer ainda este ano, dependendo das condições econômicas. No cenário americano, a expectativa é de que o Fomc mantenha sua taxa, com quase 97% de probabilidade, mas a comunicação sobre a reunião com autoridades chinesas em agosto pode impactar as decisões futuras.
No Brasil, a expectativa é de que o Copom adote um discurso conservador, considerando os riscos fiscais e a inflação elevada. Especialistas alertam que a pressão sobre os preços pode aumentar devido a fatores como a desvalorização do dólar e os reajustes nas tarifas de energia. Joaquim Neto, da GT Capital, destaca que um comunicado mais severo pode levar a um aumento nos contratos futuros de juros, enquanto uma comunicação mais leve pode gerar incertezas no mercado.
A Super Quarta também coincide com a divulgação de dados sobre o emprego nos EUA e balanços de grandes empresas, o que pode adicionar volatilidade aos mercados. A atenção dos investidores está voltada para como as decisões de hoje moldarão o cenário econômico nos próximos meses.