O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revogou a prisão domiciliar das idosas Iraci Nagoshi, de 72 anos, e Vildete Guardia, de 73 anos, devido ao descumprimento reiterado das medidas cautelares impostas a elas. As decisões foram tomadas em momentos distintos, com Moraes determinando a prisão preventiva de Iraci no dia 16 de agosto, após a Central de Monitoramento Eletrônico do Estado de São Paulo informar que a idosa violou as regras de sua prisão domiciliar 966 vezes entre abril e junho deste ano.
Iraci, condenada a 14 anos de prisão, havia sido autorizada a cumprir pena em regime domiciliar em junho, mas não respeitou as limitações de uso da tornozeleira eletrônica e a proibição de sair da área de inclusão. O ministro destacou que a idosa estava realizando atividades recreativas sem autorização, desrespeitando as condições de sua liberdade condicional.
No caso de Vildete Guardia, a Central de Monitoramento não quantificou as violações, mas confirmou descumprimentos em dez dias durante julho. Condenada a 11 anos de prisão por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro, Vildete também teve sua prisão domiciliar revogada por Moraes em 7 de julho, que alegou desrespeito às medidas cautelares. A defesa da idosa havia solicitado a revogação da prisão, citando riscos à saúde, mas a PGR pediu a complementação da documentação médica para comprovar a urgência do pedido.