O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revogou a prisão domiciliar das idosas Iraci Nagoshi, de 72 anos, e Vildete Guardia, de 73 anos, devido ao descumprimento reiterado das medidas cautelares impostas a elas. A decisão foi tomada na última quarta-feira, 16, após a Central de Monitoramento Eletrônico do Estado de São Paulo informar que Iraci violou as regras 966 vezes entre abril e junho deste ano. Ela cumpre pena de 14 anos de prisão por crimes relacionados a atos golpistas.
Iraci, que havia sido condenada em dezembro de 2024, recebeu a prisão domiciliar em junho deste ano, mas não respeitou as condições, que incluíam o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de comunicação com outros envolvidos. O ministro destacou que a idosa deixou de carregar o dispositivo e saiu da área de inclusão para realizar atividades recreativas, como musculação e pilates, sem autorização do STF.
No caso de Vildete Guardia, a Central de Monitoramento não contabilizou o número exato de violações, mas confirmou descumprimentos em dez dias durante julho. Vildete foi condenada a 11 anos de prisão e, assim como Iraci, teve sua prisão domiciliar concedida em abril deste ano devido a problemas de saúde. Contudo, Moraes observou que as justificativas apresentadas pela defesa para as violações não foram suficientes e decretou a prisão preventiva da idosa em 7 de julho, ressaltando o desrespeito às medidas impostas pela Corte.