O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão domiciliar das idosas Vildete Ferreira da Silva Guardia e Iraci Megume Nagoshi, condenadas pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A decisão foi tomada após as duas descumprirem repetidamente as regras do regime, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, com Vildete acumulando 983 violações.
Vildete, condenada a 11 anos e 11 meses, foi responsabilizada por crimes como golpe de Estado e deterioração do patrimônio tombado. Inicialmente, a prisão domiciliar foi concedida devido a problemas de saúde, mas relatórios da Central de Monitoramento de São Paulo indicaram sucessivos descumprimentos, levando Moraes a determinar sua volta à Penitenciária Feminina de Sant'Anna em 7 de julho.
Iraci, condenada a 14 anos, também teve sua prisão domiciliar revogada em 16 de julho, após registrar centenas de violações, incluindo saídas não autorizadas e perda de sinal de GPS. As justificativas apresentadas pela defesa, que incluíam tratamentos de saúde, não foram aceitas, evidenciando um desrespeito pelas condições impostas pelo STF. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) ainda não se manifestou sobre o destino de Iraci.