O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prorrogou por mais 60 dias o inquérito que investiga a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. A decisão, tomada na segunda-feira (7 de julho de 2025), atende a um pedido da Polícia Federal (PF) feito em 3 de julho, visando a continuidade das diligências ainda pendentes.
Eduardo Bolsonaro é investigado por crimes como coação no curso do processo, obstrução de infração penal envolvendo organização criminosa e abolição violenta do Estado democrático de Direito. O inquérito foi aberto em maio a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), que aponta que o deputado tem buscado influenciar o governo dos EUA a impor sanções a membros do STF, incluindo Moraes.
A investigação ganhou destaque após declarações do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sobre a possibilidade de aplicação de restrições contra Moraes, com base na Lei Magnitsky, que permite ao governo norte-americano bloquear recursos financeiros de indivíduos estrangeiros. Eduardo Bolsonaro, que se afastou da Câmara dos Deputados em março para residir nos EUA, tem criticado publicamente Moraes e articulado sanções contra o magistrado junto ao Congresso americano.
Recentemente, o ex-presidente Donald Trump também se manifestou sobre a situação, criticando a ação penal no STF contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Enquanto isso, Eduardo deve retornar ao Brasil até o fim de julho para não perder seu mandato, conforme informado pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto.