O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira (8) prorrogar por 60 dias o inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. A medida foi tomada em resposta a um pedido da PF, que solicitou mais tempo para concluir as investigações.
O inquérito foi aberto após a Procuradoria-Geral da República (PGR) identificar indícios de que Eduardo Bolsonaro teria atuado contra autoridades brasileiras em solo norte-americano, incluindo tentativas de pressionar o governo de Donald Trump a impor sanções a membros do STF. Entre os crimes investigados estão a coação no curso do processo e a obstrução de investigações relacionadas a organizações criminosas.
No dia 5 de junho, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Eduardo, prestou depoimento à PF sobre o caso, sendo convocado devido a indícios de que poderia ter sido beneficiado pelas ações do filho. Em sua defesa, Jair Bolsonaro afirmou ter enviado R$ 2 milhões para custear a estadia de Eduardo nos EUA, negando qualquer tentativa de lobby ou interferência nas autoridades brasileiras.
Recentemente, o ex-presidente Donald Trump manifestou apoio a Jair Bolsonaro, afirmando que ele é alvo de perseguição no Brasil. O Palácio do Planalto respondeu, reiterando que não aceita interferências externas em assuntos internos do país.