O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (21) a proibição do ex-presidente Jair Bolsonaro de utilizar redes sociais, incluindo transmissões e veiculações de conteúdos em qualquer plataforma. A decisão foi tomada a pedido da Polícia Federal (PF) e com a aprovação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
As restrições impostas incluem o recolhimento domiciliar entre 19h e 6h durante a semana e em tempo integral nos finais de semana e feriados, além do uso de tornozeleira eletrônica. Bolsonaro também está proibido de manter contato com embaixadores e autoridades estrangeiras, bem como de se comunicar com outros investigados, como seu filho, Eduardo Bolsonaro.
A PF apontou que os Bolsonaros têm atuado para tentar influenciar autoridades dos Estados Unidos a impor sanções contra agentes públicos brasileiros, em meio à investigação sobre a chamada trama golpista, da qual Bolsonaro é réu. Moraes destacou que as ações do ex-presidente e de seu filho configuram crimes de coação e obstrução de Justiça, além de atentados à soberania nacional, caracterizando uma tentativa de submeter o funcionamento do STF a interesses estrangeiros.