O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, nesta segunda-feira (28), que os réus envolvidos na tentativa de golpe não devem ser interrogados utilizando fardas militares. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e gerou questionamentos por parte das defesas dos acusados. O interrogatório ocorre com os réus do núcleo 3, composto por nove militares e um agente da Polícia Federal, acusados de atacar o sistema eleitoral e planejar ações que poderiam levar a uma ruptura institucional.
Durante a audiência, os tenentes-coronéis Rafael Martins e Hélio Ferreira Lima compareceram com fardas, mas foram instruídos a trocar de roupa antes de serem ouvidos. As defesas argumentaram que não havia base legal para a proibição do uso das fardas. O juiz-auxiliar do STF reiterou que a determinação visa diferenciar os acusados do Exército como um todo, enfatizando que a acusação é específica contra os militares envolvidos na trama.
A defesa de Rafael Martins sugeriu o adiamento do interrogatório, enquanto o juiz-auxiliar recomendou que o advogado buscasse uma alternativa de vestuário. Até o fechamento desta reportagem, os réus ainda não haviam sido interrogados ou trocado de roupa. Os acusados que serão ouvidos incluem coronéis e tenentes-coronéis, além de um general da reserva e um agente da Polícia Federal.